Você sabia que quando o homem começa a paquerar ele estufa o peito, encolhe a barriga e simula agressividade? E que a mulher arruma o cabelo, abaixa a cabeça, sorri, cruza as pernas e exibe as coxas?
Quem diz isso é Aílton Amélio da Silva, o maior estudioso da paquera no Brasil. Professor da faculdade de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo, ele analisou o flerte durante vários anos. Como resultado desse estudo, publicou um livro, “Relacionamento Amoroso“, onde mostra os fatores que contribuem para o sucesso ou o fracasso de uma relação.
Afinal, se quando a gente vai viajar procura informações sobre o país que vamos visitar, seus hábitos e costumes, e de que forma devemos nos comportar ali para não cometer gafes, e aprendemos os rudimentos do idioma para saber pelo menos perguntar onde é o banheiro, por que não se documentar sobre este país estranho e muitas vezes inóspito que é o coração da pessoa por quem estamos suspirando?
Essa arte da paquera faz toda a diferença e, muito embora algumas pessoas sejam bem-informadas naturalmente sobre ela, parecendo ter um dom inato para conquistar um parceiro, a maioria de nós mergulha num mar de indecisões e atitudes desajeitadas que terminam por botar a perder a empreitada amorosa.
Então, não custa nada consultar o Dr. Ailton Amélio, a quem não conheço e de cujos livros estou fazendo merchandising somente porque os achei interessantes.
No final, fique com esse trecho da música “A hipótese do hipopótamo tartamudo”, ou simplesmente “O Hipopótamo”, de Braulio Tavares:
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“Imagine, novamente, um hipopótamo Caminhando equilibrado Num fio de arame farpado Longuissimamente esticado Por sobre as enormes cachoeiras de lá da foz do Iguaçu Inquieto como um átomo Sob o foco das câmaras de TV Sem olhar para baixo pra não ver A cascata rugindo pra valer E a risada feroz de Belzebu… Esta criatura trágica Este corpanzil corcundo Abrindo uma goela áfrica Botando a boca no mundo Pois é assim que eu sou Pois é assim que sinto que sou Quando fico de olho numa mulher E ela fica também de olho em mim E eu sei muito bem o que ela quer Porém fico enrolado mesmo assim Tropeçando nas minhas próprias pernas Sem saber o que faça, como e quando Infeliz como um homem das cavernas Oscarito imitando Marlon Brando Eu sei que tem gente que é muito mais valente E acha essa história de trepar um negócio extremamente ótimo Eu acho também! Mas eu me sinto um hipopótamo…(…)